A Rebelião da Toga, de José Renato Nalini, é uma leitura indispensável para todos os que desejam compreender melhor a história do Brasil. O livro relata a luta do povo brasileiro contra a ditadura militar e a resistência que se formou a partir dos estudantes universitários que se recusavam a se submeter ao regime. O autor aborda a questão a partir de diferentes ângulos e nos mostra como o levante foi o primeiro passo para o fim da ditadura. Também nos permite conhecer melhor o contexto da época, as lutas e os desafios enfrentados pelos brasileiros, assim como as consequências que essa luta teve para o Brasil. O livro também aborda outros temas como as relações entre partidos políticos, sindicatos, igrejas e outras organizações da sociedade civil. Além disso, nos ajuda a entender como a resistência da toga influenciou diferentes movimentos políticos e sociais, desencadeando mudanças relevantes para a história do país. A leitura é extremamente interessante e, com certeza, nos dá uma visão completa e aprofundada da história do Brasil durante o período da ditadura militar. Por isso, recomendo A Rebelião da Toga como uma leitura obrigatória para quem deseja compreender melhor a história do país.
A Rebelião da Toga é uma reflexão destinada a quantos tenham questões no Judiciário do Brasil. Tramitam hoje pelos tribunais brasileiros mais de 100 milhões de processos. Se existe quem acredite que tal situação tipifica a excelência da Democracia, verdadeiro “termômetro democrático”, há os que sustentam que ela evidencia verdadeira patologia. Litiga-se temerária e inadvertidamente. Qualquer questiúncula chega à apreciação de um juiz. O profissional encarregado de julgar é recrutado dentre os bacharéis produzidos pelas milhares de Faculdades de Direito, quase todas impregnadas da cultura adversarial. A única resposta para a composição dos conflitos tem sido um processo judicial. Em cenário tal, a obtenção do justo concreto depende da consciência do juiz. Ele pode solucionar os problemas, ou se resumir a dar respostas processuais que terminam a ação, mas não encerram a controvérsia. Para resolver de maneira adequada as questões postas sob sua apreciação, o juiz tem de ser “rebelde”. No sentido de enfrentar a burocracia, superar dificuldades estruturais e imbuir-se de ética peculiar. A ética do consequencialismo. Acabouse a era do “faça-se justiça e pereça o mundo”. O Judiciário é serviço estatal e tem de funcionar solucionando contendas e pacificando a comunidade. Sem isso, continuará a servir ao território dos que não têm razão e nele encontram o tempo recusado pelo mercado, pelas instituições financeiras, pelo credor e pelo bom senso, tão em falta neste Brasil.MinistroLeia mais
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Autor: José Renato Nalini
