Eu recomendo o livro "A Mulher e a Casa" de Eneida Queiroz para todos os que desejam conhecer a realidade brasileira, especialmente para aqueles que estão interessados na história de gênero. A obra descreve a vida de mulheres pobres do Rio de Janeiro que lutam para sobreviver, e como suas experiências são afetadas pela política, economia e condições sociais. A história é bastante realista e mostra como a falta de acesso a serviços de saúde, educação e moradia adequada afeta a vida destas mulheres. A obra também mostra como os homens são responsáveis pela maior parte da violência e discriminação dirigida às mulheres, bem como o papel prejudicial que a religião tem desempenhado ao longo dos séculos.
O livro é escrito de maneira clara e acessível, e é também muito lírico, o que torna a leitura muito interessante e envolvente. Embora seja um livro difícil de ler, pois aborda temas dolorosos, a escrita de Eneida Queiroz é sensível e bela. Ela consegue capturar a essência de cada personagem, tornando-os reais. Ela também se aprofunda nos temas difíceis, como suicídio, aborto, mutilação genital feminina, abuso doméstico e aborto clandestino, e aborda esses temas com coragem e honestidade.
Eu recomendo este livro para todos os que desejam entender a realidade das mulheres brasileiras e do seu papel na sociedade. É um livro importante que precisa ser lido. A narrativa de Eneida Queiroz é única e conta uma história que precisa ser contada. A Mulher e a Casa é uma leitura obrigatória para todos que querem entender o que significa para mulheres lutarem por sua sobrevivência e igualdade nos dias de hoje.
O erotismo elegante e matemático do poema “A mulher e a casa”, de João Cabral de Mello Neto, combina-se perfeitamente com a financista Eufrásia Teixeira Leite. Rica e inteligente, esta senhora de escravos desperta uma paixão inconciliável no abolicionista Joaquim Nabuco. O famoso casal vive uma história de amor entre o Brasil e a Europa, com muitas correspondências, viagens e encontros. Amor que só se concretiza quando os dois equalizam as divergências ideológicas e tornam-se um só sentimento, ainda que por pouco tempo.Ao narrar esse amor impossível entre uma escravocrata e um abolicionista no século XIX, A mulher e a casa apresenta a história e o acervo do Museu Casa da Hera. É gancho que fisga o leitor a assuntos como escravidão, abolicionismo, política imperial, cafeicultura, moda e questões de gênero. Destacam-se as cartas que Eufrásia escreveu a Nabuco – hoje guardadas pela Fundação Joaquim Nabuco em Recife – e, como ela pediu para ser enterrada com as cartas que ele a enviou, a recriação ficcional, com base em pesquisa nos diários, jornais e discursos políticos, das cartas de Nabuco.
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Autor: Eneida Queiroz
