Recomendo este livro, "A Mortalha de Alzira: Versão Original" de Aluísio Azevedo, para aqueles que buscam um romance escrito por alguém que tenha vivido e experimentado os tempos e sentimentos descritos. Assim, possuem a chance de sentir a vida de um autor genuíno, experimentar a pungência de sentimentos e compreender melhor os acontecimentos que o levaram a escrever este trabalho.
O enredo segue Alzira, uma bela jovem, que é desposada ao rico e cruel Juca, embora ela esteja apaixonada por outro. Também é contada a história de um homem destituído, Feijó, que mulher apaixona por Alzira. O livro lida com questões de classe, bem como as lutas de Alzira por sua liberdade e seus sentimentos.
Esta obra é escrita com uma sensibilidade profunda para os tempos em que vivemos e é contada com um estilo envolvente que cativa o leitor desde o início. Os personagens são descritos com tanta profundidade que o leitor se sente parte de cada história. Os tempos são retratados de forma realista, com os personagens se preocupando com os problemas de suas vidas e mostrando a tristeza decorrente de suas circunstâncias.
Além disso, o livro não só fornece uma perspectiva histórica, mas é também um relato político sobre a sociedade na época. O livro mostra de forma impressionante as diferenças de classe e como elas afetam a vida das pessoas.
É por isso que recomendo "A Mortalha de Alzira: Versão Original" de Aluísio Azevedo. O livro tem o poder de cativar o leitor e transportá-lo para o passado, dando-lhe uma visão realista dos tempos. Uma leitura obrigatória para aqueles que buscam entender o passado e o presente.
Aluísio Azevedo (1857-1913), escreveu no formato de folhetim, no jornal a Gazeta de Notícias em 1891, o que viria a ser seu oitavo romance de título “A Mortalha de Alzira”. Quando foi publicado em formato de livro atingiu o que era considerado um recorde de venda da época, mais de 10 mil exemplares em três anos.
A mortalha de Alzira se passa integralmente na França, nos arredores de Paris, durante o reinado de Luís XV, século XVIII. A história conta a luta de um padre, de nome Ângelo, que tenta repreender seu desejo por Alzira, uma cortesã.
Para entender a obra é preciso saber que Aluísio Azevedo vivia em uma época em que a fé, representada pela igreja lutava contra o livre pensamento. O clero no Brasil se mostrava corrupto e devasso o que fazia com que os escritores alimentassem um sentimento anticlerical. Azevedo também faz uma ligação em sua obra da corrupção da igreja com a decadência da sociedade.
Obra genial! Leitura indispensável!
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Autor: Aluísio Azevedo
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