
A mão esquerda de Vênus
A relação de Young com a poesia não é de hoje e tem um caráter especial em sua produção. Foi sua obsessão pela palavra, dita ou impressa no papel, que a levou a driblar sua antiga dificuldade de ler e compreender a escrita. “A língua portuguesa nunca me deixou desistir. Sou uma romancista que escreve roteiros, que atua caso precise contar uma história, mas que começou escrevendo poemas, na verdade, devido à dislexia”. Também por essa razão que o leitor encontrará, nas páginas do livro, essa devoção amorosa pela palavra e pela estrutura própria do poema.
“Poesia é mesmo uma estrutura cruel, visto que, se não conseguimos ler corretamente um poema, ele não fará sentido algum. Há versos que, sozinhos, contam páginas e páginas de uma história; outros encerram, na medida cirúrgica, exatamente o que querem dizer. É como se um romance coubesse ali”, afirma a autora, que reúne no livro poemas criados nos últimos dez anos.
Contudo, a ideia de A mão esquerda de Vênus nasce de um “encontro”. Há alguns anos, a escritora encontrou, em uma caixa cheia de livros de sua amiga Monica Figueiredo, um maço de cartas amarrado em uma fita de cetim. Em meio à biblioteca que criou para abrigar a doação de dezenas de livros da família Figueiredo, ela e sua irmã, Renata Young, descobrem cartas de amor instigantes e misteriosas de Laurinha, mãe de Monica, que as autorizou a seguir na leitura. Young acredita que a arrebatadora identificação com a autora daquelas cartas, tardiamente descobertas e escritas em lindos papéis finos, foi o elemento desencadeante do livro.
Revelada nas cartas e diários escritos por Laurinha desde a adolescência até antes de sua morte, aos 69 anos, a história de amor vivida pela amiga provocou em Young uma profusão de sentimentos e sensações que a artista eterniza em sua arte poética. “(…) Pelo que entendi, eles formaram um casal andarilho, ora proibidos, ora assumidos, apaixonados, etílicos. Ela, mais velha que ele; ele, às voltas com uma mulher cheia de manias – taurinices –, lenços, chapéus, pulseiras, músicas, poesias, batons, filhas, anéis, uísques, caixinhas, cartões postais. Acumuladora, contadora de histórias, escritora de diários”, afirma Young no prefácio do livro.
Com palavras cortantes, cruas, mas também com outras doces e românticas, Young fala, portanto, em A mão esquerda de Vênus, do sentimento de amor. O amor em sua maior potência. Seu poder de seduzir e de destruir a si e ao outro. Tão transbordante que ora se reverte também em homenagens a amigas e amigos, com poemas dedicados a Betty Lago, entre outras pessoas do círculo íntimo da escritora.
Resenha:
Recomendo o livro "A mão esquerda de Vênus" de Fernanda Young. O livro conta a história de Lívia, uma jovem que se descobre uma artista. Ela vive com seu irmão e com seu pai, que é um homem rigoroso e que não a apoia. No livro, Lívia luta para encontrar seu lugar no mundo e para seguir seus sonhos.
O que me encanta neste livro é a maneira como Fernanda Young aborda a autodescobrimento. Ela mostra como Lívia é capaz de encontrar sua paixão e desenvolvê-la contra tudo e todos.
O livro também trata de temas como amor, amizade, independência e mudança. Ele mostra as diferentes formas que uma pessoa pode se desenvolver, mesmo que ela não seja apoiada pelos seus familiares ou amigos.
Outra característica deste livro é que ele é repleto de descrições maravilhosas. A escrita da autora é fluida e bem desenvolvida. Ela consegue criar um ambiente envolvente, e isso nos transporta para a história.
Eu recomendo este livro para todos aqueles que estão interessados em ler uma história sobre autodescobrimento e independência. A mão esquerda de Vênus é um livro que merece ser lido e apreciado, pois é cheio de mensagens importantes e ensinamentos.
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