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A guerra do fim do mundo

Obra-prima do escritor peruano mescla personagens reais com imaginários ao reconstituir a saga de Antônio Conselheiro durante a Guerra de Canudos.“A Guerra do Fim do Mundo” é considerado um raro exemplar dentro da vasta bibliografia de Mario Vargas Llosa, pois não segue o caminho traçado na maioria de suas obras. Em vez de optar por uma reunião de memórias e personagens familiarizados com sua vida pessoal, o autor mergulhou no sangrento confronto da Guerra de Canudos para tentar decifrar a verdadeira face por trás do mito chamado Antônio Conselheiro.Em 1977, Vargas Llosa iniciou este romance, após se encantar, cinco anos antes, com a leitura de Os Sertões (1902), de Euclides da Cunha, obra que registrou o conflito com detalhes minuciosos e impressionantes. Após exaustivas pesquisas em arquivos históricos e viagens pelo sertão da Bahia, em 1980, ele terminou “A Guerra do Fim do Mundo”, livro que atualmente é reconhecido como o seu tour de force. Lançado originalmente em 1982, a obra é o primeiro romance que Vargas Llosa ambientou fora do Peru. Nela, o autor dá uma nova dimensão à história de Antônio Conselheiro, em que personagens de carne e osso, alguns reais, outros imaginados, empreendem uma saga sem paralelos na história do país, uma saga que engloba tudo: honra e vingança, poder e paixão, fé e loucura.Prêmio Cervantes, Prêmio Príncipe de Astúrias, Prêmio PEN/Nabokov, Prêmio Grinzane Cavour e Prêmio Nobel de Literatura.

Resenha:

Eu recomendo o livro "A guerra do fim do mundo" de Mario Vargas Llosa para qualquer pessoa interessada em ler uma obra literária poderosa. O livro é uma narrativa envolvente sobre o conflito entre os camponeses ribeirinhos no interior do Nordeste brasileiro. Esta história realmente me surpreendeu com a complexidade de suas personagens bem desenvolvidas e as sutis nuances de tensão que se desenvolvem conforme a história progride.

Mario Vargas Llosa descreve com minúcias extraordinárias as paisagens do Nordeste brasileiro e a cultura e língua dos camponeses ribeirinhos. As personagens da história são retratadas de forma convincente, dotadas de uma grande profundidade e complexidade. Esses personagens nos encorajam a pensar e refletir sobre as implicações do conflito em suas vidas e em seus ambientes.

Outro ponto forte deste livro é a habilidade de Mario Vargas Llosa de estabelecer uma trama envolvente, através de seu uso de linguagem poética e a descrição de personagens e eventos que nos transportam para o mundo real da história. A escrita deste autor é interessante e criativa, conseguindo capturar a atenção do leitor e mantê-lo envolvido na leitura.

No final do livro, somos deixados com um gosto de tristeza por aqueles que foram deixados para trás. Mario Vargas Llosa mostra que o conflito é muito mais complexo e profundo do que aparenta à primeira vista. Ele nos lembra que o preço da guerra é sempre alto e que, às vezes, é necessário lutar para manter a própria identidade.

Eu recomendo este livro como leitura obrigatória para aqueles que procuram um relato de uma história real que tem repercussões duradouras. O livro de Mario Vargas Llosa é uma leitura cativante e envolvente, que nos faz pensar sobre o que é preciso para se manter fiel às nossas crenças e a nossa própria identidade.

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