Eu recomendo fortemente o livro "A Estética de Ruptura: O Nonsense em Edward Lear e Renato Pompeu" de Fernanda Marques Granato. Esta obra aborda de forma brilhante como a estética da ruptura foi usada por dois grandes artistas, Edward Lear e Renato Pompeu. Ela fornece uma visão profunda e singular sobre a contribuição deles para a arte de maneiras muito diferentes.
O livro oferece uma análise exhaustiva sobre como esses artistas usaram o nonsense para se expressarem e criarem o seu trabalho. A autora examina como o nonsense é utilizado para se destacar dos processos e padrões tradicionais, e através disso ela conecta as práticas de cada artista e dá um sentido para a sua sintaxe visual. Ela também destaca como o nonsense pode ser usado para alcançar efeitos surpreendentes, e como os artistas usaram essa estética para explorar temas aprofundados.
O livro é muito bem escrito e sua narrativa é bastante fluída. A autora fornece um bom número de exemplos para explicar a estética da ruptura e como ela é usada pelos artistas. Além disso, ela fornece uma excelente coleção de imagens e ilustrações para ajudar o leitor a entender os conceitos e temas apresentados.
Eu recomendo este livro para todos os entusiastas de arte que desejam saber mais sobre como a estética da ruptura foi usada por Edward Lear e Renato Pompeu. Além disso, também recomendo esse livro para qualquer pessoa interessada em entender melhor o nonsense e como ele pode ser usado para alcançar efeitos artísticos surpreendentes.
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Esta pesquisa tem por objetivo resgatar o conceito do gênero nonsense com a finalidade de testar a hipótese de um possível diálogo entre textos de duas obras de características e épocas distintas: Viagem numa peneira, de Edward Lear (1846) e Quatro-olhos, de Renato Pompeu (1976). Os estudos realizados permitem comprovar que, entre os textos analisados, existem traços que possibilitam não apenas os aproximar, mas também realizar uma reinterpretação do gênero nonsense no contexto da contemporaneidade literária. Para o desenvolvimento do trabalho, elegemos alguns teóricos que dão suporte à análise das obras ficcionais, são eles: Aristóteles (2011) e Croce (1995), sobre gênero; Sewell (1952), Stewart (1978), Ede (1987) e Tigges (1988), sobre nonsense; Huizinga (2010), sobre o lúdico e o jogo; Watt (2010) e Lukács (2009), sobre a teoria do romance; Nikolayeva (2011), sobre a ilustração; Pignatari (2011) e Huxley (1948), sobre a poesia; e Agamben (2009), sobre o contemporâneo. A partir de uma retomada histórico-conceitual, nossa atenção volta-se para a perspectiva de comprovação da hipótese sobre o gênero nonsense, sua ligação com a era vitoriana e as reverberações que o referido gênero traz para a nossa contemporaneidade e, em especial, para o romance de Renato Pompeu, deixando como saldo a tendência para a fragmentação narrativa.
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