Ler "A cor do leite" de Nell Leyshon é uma experiência verdadeiramente transformadora. Esta obra de ficção é escrita com uma profundidade e riqueza que poucos autores conseguem alcançar. A narrativa é preenchida com intensa emoção, uma vez que o leitor é levado em um passeio psicológico ao longo do caminho da personagem principal, Emmas. O livro é um pedaço de arte, pois a escrita fluida de Leyshon captura de maneira sublime as angústias e descobertas da juventude.
Embora o cenário seja ou rural ou seja o prodigioso campo de Dorset, a narrativa se estende além do universo físico, para abraçar questões de gênero, sexualidade, relacionamentos e família. Leyshon faz isso de maneira sutil, e não é pesado. Ao mesmo tempo, ela usa sua habilidade única para capturar nuances e detalhes, que permitem ao leitor mergulhar profundamente nas vidas dos personagens.
Como leitor, você será transportado para o mundo de Emmas, onde ela encara desafios e faz descobertas sobre si mesma e o mundo ao seu redor. A transformação de Emmas é retratada com grande realismo, e o mergulho em sua jornada é tão vívido que o leitor às vezes sente como se estivesse ali.
Eu recomendo fortemente "A cor do leite" de Nell Leyshon para qualquer leitor que procura uma narrativa profunda, cheia de sentimentos e com personagens reais. Esta obra é uma verdadeira obra-prima que irá cativar e surpreender qualquer leitor.
Em 1831, uma menina de 15 anos decide escrever a própria história. Mary tem a língua afiada, cabelos da cor do leite, tão brancos quanto sua pele, e leva uma vida dura, trabalhando com suas três irmãs na fazenda da família. seu pai é um homem severo, que se importa apenas com o lucro das plantações. contudo, quando é enviada, contra a sua vontade, ao presbitério para cuidar da esposa do pastor, Mary comprovará que a vida podia ainda ser pior. Sem o direito de tomar as decisões sobre sua vida, Mary tem urgência em narrar a verdade sobre sua história, mas o tempo é escasso e tudo que lhe importa é que o leitor saiba os motivos de suas atitudes. A cor do leite apresenta a narrativa desesperada de uma menina ingênua e desesperançosa, mas extremamente perspicaz e prática. escrito em primeira pessoa e todo em letras minúsculas, o texto possui estrutura típica de quem ainda não tem o pleno controle da linguagem. A jovem narradora intercala a história com suas opiniões, considerados por alguns críticos os trechos mais angustiantes da obra.
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Autor: Nell Leyshon
