Eu recomendo altamente ler A cidade das letras, de Ángel Rama. Este é um livro inovador, poético e profundamente relevante para o século XXI. O livro explora as relações entre cultura e política e as formas de resistência criativa. É um estudo perspicaz do modo como a cultura das Américas Latina e Caribenha, em particular, foi moldada por forças internas e externas.
Rama fornece profundas análises sobre a história e as lutas sociais e culturais do continente, além de narrativas instigantes que abordam as realidades dos grupos marginalizados. Rama trata de temas complexos e fornece insights significativos sobre a natureza das relações sociais e a mudança política. O livro aborda questões de identidade, língua, migração, fé e muito mais. É um trabalho de leitura profunda e reflexiva.
Rama tem um estilo único, misturando histórias pessoais, ensaio acadêmico e narração mítica em um único texto. O autor enriquece o romance com pequenos detalhes e observações perspicazes para criar uma narrativa repleta de nuances. O livro é escrito de maneira acessível e instiga o leitor a olhar de perto para questões importantes sobre nossas experiências culturais e políticas.
Em suma, ler A cidade das letras é uma experiência única que oferece insights profundos sobre o passado e o presente da América Latina e Caribenha. Esta é uma obra que os leitores de todos os níveis intelectuais podem desfrutar. Rama nos dá uma visão profunda dos movimentos sociais e culturais na América Latina e nos fornece um olhar atento sobre a mudança social e política.
A cidade das letras é considerada uma obra de referência para a teoria literária. Escrita por um apaixonado pelo nosso continente, sua cultura e seus povos, neste livro Rama – que está para o Uruguai como Antonio Candido está para o Brasil – analisa o sistema cultural latino-americano entre os séculos XIX e XX, em especial o período de 1870-1900.
As referências do autor partem da cultura – sem negar suas pluralidades, interfaces, fronteiras, divisões, tensões e contradições – e incluem temas urbanísticos, sociais e econômicos ao retratar a principal questão sobre a qual discorre o livro: as relações entre os letrados e as estruturas de poder. Por meio desse prisma, Rama estuda a concepção, o planejamento e a consolidação das cidades latino-americanas, desde a destruição da asteca Tenochtitlán, em 1521, até a inauguração de Brasília, na década de 1960.
O livro traz o melhor da crítica cultural de Ángel Rama ao analisar o desenho dos valores em pauta na formação das cidades e o discurso urbano da conquista, presente em cartas, grandes clássicos da literatura e outros documentos históricos. Ao revelar as cidades latino-americanas por meio das letras e da ordem dos signos, Rama traça um paralelo entre os projetos urbanísticos e o ideal desejado de urbe limpa, estéril e civilizada.
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Autor: Ángel Rama
