A Canoa Virou... é um livro de Cabral Veríssimo que mudou a forma como encaramos a história da colonização portuguesa do Brasil. Com suas páginas cheias de informações interessantes, traz um olhar de outro lado, o lado dos nativos brasileiros. A leitura é fascinante, pois nos faz refletir sobre as diferentes versões sobre a colonização portuguesa do Brasil.
O livro começa com uma narrativa sobre os portugueses chegando ao Brasil e interagindo com os índios. Além disso, há também uma discussão sobre a forma como a colonização portuguesa influenciou a cultura, economia e política brasileira. Cabral Veríssimo nos apresenta um olhar diferente da colonização, que não é tão conhecido como a visão oficial portuguesa, e nos oferece uma perspectiva mais honesta sobre o assunto.
Um dos principais pontos destacados por Cabral Veríssimo é o fato de que a colonização portuguesa do Brasil não foi tão pacífica quanto se pensava. É mostrado que os índios foram forçados a trabalhar como escravos, e que muitos foram mortos durante os conflitos com os colonizadores. Esta foi uma parte importante da história que raramente é lembrada, mas que é fundamental para se entender a cultura brasileira.
Outro ponto interessante do livro é a discussão sobre as consequências da colonização portuguesa para os índios brasileiros. É fácil perceber que a colonização trouxe inúmeras mudanças para a cultura e economia dos índios, que mudaram drasticamente com a chegada dos portugueses. O autor nos mostra como a colonização portuguesa influenciou a vida dos índios, e também como eles lutaram contra os colonizadores.
A Canoa Virou... é um livro muito interessante que mostra como a colonização portuguesa do Brasil afetou os índios brasileiros. É uma leitura importante para todos aqueles que querem entender melhor a cultura e história do Brasil. Eu recomendo este livro para todos aqueles que desejam conhecer um pouco mais sobre a história da colonização portuguesa no Brasil.
A canoa virou… Foi lá naquela região nordestina que nasceu o menino aratu branco: Menino feito de ouro pelos os exemplos que derrubava, Aos coleguinhas de escola. Aratu branco era um menino sardentinho perto das narinas; Sob os olhos espertos a enxergar, alguns anos à frente de sua idade… Não havia ninguém como ale: esperto e consciente! (Media tudo, antes de fazer, para não sofrer consequências) … Antes de subir a escola ele verificava tudo para ver, Se, o seu compromisso de tarefa estava em ordem… E se os materiais estavam dentro da mochila: Sua Professora, a Mariana, dizia que nem parecia ter só 10 anos. Aratu branco, todo o dia, subia as aulas numa pequena canoa branca, com seu apelido gravado: “ARATU BRANCO”; E um dia, o pequeno marinheiro sumiu pelas Águas e não voltou… Todo mundo o procurava com uma enorme preocupação. Entretanto, acharam somente a canoa virada… O que fora feito do menino aratu branco? Todos indagavam, mas, a canoa virou e ninguém o viu jamais… A ausência dele era como um véu escuro: Que cobria toda aquela área de cidade, e sítios. Querido como ele, era ele só! Porque sobressaia pela sabedoria. Os anos passaram deixando enormes saudades… Foram sete anos de lembranças amargas, Espalhadas por aquelas almas que o amava sem indiferenças. Até que um dia se ouviu pelas ruas… Rumores de vozes de um motim de gente: Surpresa, surpresa! (É o aratu, é o aratu… é o aratu branco). Lá vinha ele em um enorme barco de pesca, Navegando pelas águas do mesmo rio de sua infância; E lá de longe, ainda, Antes de chegar… O povo não a via com clareza, Mas parecia sentir no cheiro o ar de que, Que era o menino aratu branco. E chegando ele: contou-lhes uma triste a boa história… Aratu fora levado pelos índios naquela manhã Quando estava a caminho da escola. Mas, Graças a Deus! Agora estava livre daquele contratempo, Pela sabedoria que recebera de Deus. E foi lá na aldeia dos índios que ele havia apreendido muitas coisas… Criara muitas histórias… Ele esteve em cativo o tempo inteiro, Para servir-lhes, de escola. E o seu castigo somente seria dado, se por ventura tentasse fuga… No resto era tratado como um verdadeiro Rei! (Da moda deles, é claro!). Aratu branco estava felicíssimo, Porque lhe pouparam a vida e deram esse barco em recompensa, A qual estava naquele dia, o pequeno mestre: Aratu branco. Quanto aos colonos (Familiares e amigos): Fizeram uma grande festa para comemorar a volta do menino; E cantaram juntos algumas modas sertanejas – e Juca tocou viola.
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Autor: Cabral Veríssimo
