Recomendo fortemente o livro "A balada do cárcere" de Bruno Tolentino. Esta obra é uma narrativa poética, abordando a experiência de detentos em suas cadeias. Bruno Tolentino nos permite entrar em sua mente e entender o que é passar por tempo em prisão, e como isso afeta a vida das pessoas.
O livro nos traz ao tema da prisão através de seu enredo poético. A narrativa nos dá uma visão íntima do cotidiano de quatro detentos, desde a inicialização de seus processos até a saída das cadeias. Ao longo da leitura, somos capazes de sentir as angústias, aflições, dores e esperanças destes personagens.
A escrita de Tolentino é fluida. Ele nos permite explorar o que é o tempo em prisão, a forma como essas pessoas são tratadas e o impacto que isso tem em suas vidas. As descrições detalhadas nos permitem mergulhar no mundo dos detentos. O autor consegue nos fazer sentir o sofrimento, a esperança e o desespero dos presos, conseguindo desenvolver um profundo sentimento de empatia.
O livro nos faz refletir sobre a realidade das cadeias. Seus personagens refletem a realidade dos presos brasileiros e nos fazem compreender como eles são tratados pelo sistema prisional e como isso afeta suas vidas. O autor faz bom uso de sua habilidade poética para contar esta história, criando uma narrativa profunda e emotiva.
Portanto, recomendo "A balada do cárcere" de Bruno Tolentino a todos que desejam entender mais sobre a experiência dos detentos brasileiros, e sobre a realidade do sistema prisional. É um livro maravilhosamente escrito, profundamente humano e que nos permite refletir sobre a realidade dos presos e como ela afeta suas vidas.
Polêmico, com um histórico de desavenças com compositores da MPB e professores da USP, entre outros, Bruno Tolentino se definia como uma língua ferina entortada pelo vício da ironia. Nascido da experiência de sua prisão em Dartmoor, no Reino Unido, A balada do cárcere recebe agora uma edição comentada, com apresentação do poeta Érico Nogueira, e notas e organização de Juliana P. Perez, Jessé de Almeida Primo, Guilherme Malzoni Rabello, Renato José de Moraes e Martim Vasques da Cunha. O encontro entre o narrador e o Numeropata na primeira parte, por exemplo, é o encontro entre a linguagem articulada e expressiva e uma massa existencial informe – uma parábola do nascimento da cultura.
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Autor: Bruno Tolentino
