O livro "A arte retórica de Aristóteles: uma conciliação entre Platão e os sofistas" de Moisés do Vale dos Santos é um trabalho excepcional que apresenta uma análise profunda e detalhada da obra original de Aristóteles, bem como das obras de Platão e dos sofistas. No livro, Moisés discute de forma meticulosa as principais ideias de Aristóteles sobre a retórica e a sua relação com o pensamento platônico e sofístico. A abordagem de Moisés é profunda e aprofundada, mas também acessível, tornando este trabalho uma ferramenta valiosa para qualquer pessoa interessada no assunto. As ideias do autor são apresentadas de forma clara e direta, e as discussões são acompanhadas de exemplos de análise bem desenvolvidos para ilustrar o assunto. Além disso, o livro inclui uma extensa bibliografia para aqueles que desejam se aprofundar ainda mais no assunto. Portanto, recomendo fortemente o livro "A arte retórica de Aristóteles: uma conciliação entre Platão e os sofistas" de Moisés do Vale dos Santos para quem deseja entender melhor a obra de Aristóteles e os seus relacionamentos com Platão e os sofistas. É um trabalho meticuloso e acessível, perfeito para aqueles interessados na retórica antiga.
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Esta obra objetiva demonstrar que no pensamento retórico de Aristóteles existe uma conciliação entre duas concepções antagônicas acerca da arte retórica: a de Platão e a dos sofistas. Sob a influência de Platão, Aristóteles procura preservar a prática retórica do relativismo moral, atribuindo à arte do discurso persuasivo uma função ético-política, que consiste tanto na defesa da verdade e da justiça na cidade como no fortalecimento das virtudes éticas dos cidadãos, cuja finalidade é o bem viver em geral. Todavia, em relação à aproximação com os sofistas, Aristóteles sustenta que a função ético-política da arte retórica justificaria o emprego de todos os estratagemas retóricos disponíveis para obter a persuasão dos ouvintes, como o apelo emocional e a ênfase na expressão enunciativa, porque é censurável que a verdade e a justiça sejam vencidas pelos seus opostos. Todavia, tais expedientes não podem ser mais relevantes para a argumentação que o uso do entimema – espécie de silogismo que se fundamenta sobre probabilidades e sinais.
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